“Minoria critica Haddad e política econômica”, diz líder do PT na Câmara

O líder do governo na Câmara, Zeca Dirceu, afirmou que no PT é uma minoria que critica o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a política econômica. Ele observou que nas bases e na militância do partido há confiança e aprovação.

A declaração foi feita em entrevista à CNN Brasil.

Em resposta a críticas nas redes sociais, Haddad ironizou dizendo que nos cards de Natal, a inflação caiu e o emprego subiu, mas seu nome não aparece, sendo chamado de “austericida” pelo jornal O Globo.

No início de dezembro, o diretório nacional do PT aprovou uma resolução política criticando o controle de gastos e a aliança com o centrão, liderada por Gleisi Hoffmann.

A resolução teve 51 votos a favor e apenas 4 contrários, incluindo Zeca Dirceu, José Guimarães, Washington Quaquá e Benedita da Silva.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou as críticas feitas pelos setores do PT em relação à política econômica do governo Lula.

Haddad argumentou que não é coerente comemorar os indicadores positivos da economia, como a Bolsa de Valores, juros, câmbio, emprego, risco-país e PIB, e ao mesmo tempo defender uma mudança completa na política econômica. Ele destacou a importância de resolver essas contradições dentro do partido.

A resolução também criticou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, chegando a defender seu impeachment por membros do PT.

Segundo os redatores do documento, um aumento nos gastos públicos impulsionaria o crescimento do país. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, faz parte dessa corrente que está por trás da resolução.

Haddad argumentou que é fundamental chegar a um consenso sobre o discurso que o PT deve adotar. Ele mencionou que tem sido alvo de críticas, enquanto os indicadores econômicos positivos são atribuídos a Lula.

O ministro espera que, assim como sua gestão no Ministério da Educação e na Prefeitura de São Paulo, sua gestão como ministro da Fazenda também seja reconhecida como bem-sucedida no futuro.

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