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Matriz de Camaragibe pune aposentados

Ser aposentado no Brasil é sinônimo de menos valor.
Alagoas não faz diferente, mas consegue somar esse descrédito a outros fatores econômicos e sociais que agravam em muito a qualidade de vida do nosso povo.
Que ninguém duvida se tratar de eleitores muito ruins, medindo pela qualidade dos eleitos.
Contudo, não podemos deixar que essa régua faça todas as medidas, nem permitir que os direitos feridos não falem em nossas consciências cidadãs.
Matriz de Camaragibe agrega um grupo de professores aposentados, que padece a força da “quebra de braço” que a atual gestão (que não é uma, mas duas!) aplica, tendo como mote, a data de pagamento.
O pequeno grupo recebe com atraso todos os meses. Mas dentro deste, alguns recebem pela Caixa Econômica e outros pelo Banco do Brasil.
Assim, sem data fixa para nenhum, alguns recebem em um dia e outros em outras semanas. No bojo, está ficando difícil comprar fiado no comércio local, pois não se pode mais prevê o recebimento.
Contra estas medidas os professores aposentados já fizeram inúmeras denúncias, mas parece que tomar postura acirra os ânimos dos gestores, que se relacionam como “donos” da cidade e acreditam não precisar prestar contas de nada a ninguém.
No último sábado, eu testemunhei professores aposentados panfletando na feira livre da cidade, e fiquei deveras emocionada.
Triste, por saber que padecem agruras econômicas neste meio de jornada existencial, quando já cumpriram a jornada trabalhista que abraçaram junto ao magistério – profissão difícil de executar até o fim sem adoecer.
Também fiquei contente, pela resistência, sabedores que são, dos ares de perseguição política que a cidade respira.
Solidária e grata aos ex-professores da minha geração por mais esta lição de luta cidadã, aqui registro repúdio pela política de punição aos mestres que já cumpriram tão bem com o dever laboral.

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