Neste domingo (15), centenas de manifestantes se reuniram na Praça Roosevelt, no centro de São Paulo, para um protesto contra os ataques de Israel à Faixa de Gaza. O ato, que faz parte da Marcha Global para Gaza, ocorreu simultaneamente em diversas cidades do Brasil e do mundo, reunindo movimentos sociais, sindicatos e organizações de defesa dos direitos humanos.
Com bandeiras da Palestina e cartazes exigindo o fim dos ataques israelenses, os manifestantes cobraram do governo brasileiro o rompimento das relações diplomáticas e comerciais com Israel. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), presente na manifestação, declarou que “Gaza virou um campo de concentração a céu aberto. É o símbolo do apartheid contra o povo palestino no século XXI”.
A mobilização contou com a participação de ativistas, parlamentares e representantes de movimentos populares. Entre os presentes estava Thiago Ávila, ativista recentemente deportado por Israel após tentar chegar a Gaza em uma embarcação com ajuda humanitária simbólica.
Além de São Paulo, protestos ocorreram em outras capitais brasileiras, como Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Boa Vista, Goiânia, Porto Alegre e Fortaleza.
Os organizadores da marcha exigem a **abertura de corredores humanitários, o fim do cerco econômico e militar imposto a Gaza e uma solução política duradoura para o conflito. A pressão por medidas concretas também veio de dentro do Partido dos Trabalhadores (PT), onde cinco pré-candidatos à presidência da legenda assinaram um documento pedindo que o governo Lula rompa imediatamente com Israel.
O protesto ocorre em meio a uma escalada de violência na Faixa de Gaza, onde ataques israelenses no sábado (14) deixaram ao menos 45 mortos, a maioria nas proximidades de um ponto de distribuição de ajuda humanitária.
A crise humanitária na região tem sido denunciada por diversas organizações internacionais, que alertam para a falta de alimentos, medicamentos e recursos básicos para a população palestina.