Minha especialidade não será vender interpretações.
Minha prioridade não será dizer o que o público ordenar.
Sem ambição de aplausos não perco, não lamento e não desabo.
Eis o troféu liberdade!
Ontem fui luta de sangue, encolhida no canto da sala quando adentrava a casa. Minha entranha invadida ensinou que a prova seria sobreviver.
Em sobrevida precisamos renascer.
Benevolência da mediocridade não tem resposta válida para espírito em refazimento. Carícias falsas e louvores decrépitos não são toques divinos, não são o que se pretendem e geralmente traem o que anunciam.
Quem promove o parto secundário é a luz! Nascendo na iluminação dos olhares encontramos distância da ilusão, e vivendo no mundo, podemos optar em pertencer-lhe ou não.
Eis a vaga solitária que quebra na areia da alma, em posse de plenas madrugadas! Raia o novo dia sobre o beijo das marés, caem as pétalas defasadas.
Hoje sou pétala renascida entre espinhos, tênue corpo a movimentar uma pauta de inserção, em anônimo broto.
Deus é mavioso pássaro que trina distante, sempre à frente mostrando o caminho seguro. Liberdade é passaporte de passagem pelo mundo das formas, para nele fluir.
Na bagagem nenhuma hipocrisia nem pressa de evoluir.
Abençoando estradas largas não hesito em tomar o atalho que afasta a presença amarga do mal.
Livre impulso de sonhadora!
Sonho pulsante de livre pensadora!
Oh Deus, ah Deus!
2 respostas
Lindo poema companheira. Bjs
Muito bonito e muito profundo .Bjs