O PT teme que o presidente da Câmara paute 1 dos 19 pedidos de impeachment de Lula. É importante observar este movimento de Arthur Lira: porque ele se comporta como um líder desesperado. Aproxima-se o fim do seu mandato como todo-poderoso em Brasília. E também o risco de Lira arrastar o Brasil para uma crise sem fim porque o centrão não tem nem o comando do país nem 100% dos pedidos atendidos por Lula.
Os asseclas liristas espalham que o presidente da Câmara vai fazer andar comissões parlamentares de inquérito que podem atingir Lula.
Em Alagoas, perdeu o comando do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), apesar de ainda mandar em outros cargos federais, como o DNOCS, CHESF, Codevasf.
Lira enterrou o PL das Fake News e ano passado ele era o principal interessado na aprovação deste projeto de lei. Só que o multimilionário Elon Musk, pilar da extrema direita no mundo, além do bolsonarismo, não tinham interesse na ideia. Chamava de “censura”, “fim da liberdade de expressão”. Lira é sensível aos apelos do empresariado mais endinheirado.
O Congresso quer gastar R$ 53 bilhões em emendas e, para Lira, os parlamentares não podem ser responsabilizados pelo uso deste dinheiro. Lula vetou R$ 5,6 bilhões das emendas de comissão. Lira ameaça paralisar o Brasil. Sobraram R$ 222 bilhões para Lula investir e custear a máquina pública, verbas que nem são carimbadas nem ligadas a aposentadorias e pensões. Isso significa que Lira briga por ¼ do orçamento, fora indicações para o centrão.
O deputado federal Alfredo Gaspar de Mendonça (União Brasil) aguarda o comando do presidente da Câmara para assumir uma provável CPI do Crime Organizado. Bolsonarista, Gaspar pode dar um nó na garganta de Lula, enquanto pode inflar o próprio nome para disputar a Prefeitura de Maceió contra JHC (PL), ainda tratado como aliado.
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