No início do mês, Jair Bolsonaro foi ovacionado por empresários em jantar de apoio ao presidente. São os mesmos empresários que pressionavam o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), a intervir no Governo. Parece que a estratégia deu certo.
Reunidos mais uma vez com Bolsonaro, os empresários do entorno da Fiesp defenderam “vacinas e reformas”.
Falaram também de “ambiente seguro” para investimentos.
A CPI da Covid incomoda o mercado. Ela desestabiliza esse provável “ambiente seguro” que os empresários querem construir, apesar da pandemia.
E Arthur Lira representa todos estes interesses. Estamos falando das 50 maiores fortunas do país.
Claro que o presidente da Câmara é contrário à CPI da Covid. Chama as investigações de “nuvem de fumaça”. Ele se mexe para evitar uma comissão de inquérito também entre os deputados federais.
Bolsonaro e Lira estão do mesmo lado. 2022 é ano eleitoral e os dois disputam a reeleição. Ignorar um país à beira dos 400 mil mortos na pandemia e a fome já fazendo parte da realidade é parte de um projeto de poder.
Deus pode até estar acima de todos, mas o mercado, este sim, paira sobre tudo. O negacionismo, a desinformação e o ódio fazem parte da paisagem. É o que este grupo quer fazer crer.