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JHC busca no Ceará modelo de educação, mas salário do professor é desafio

O prefeito JHC (PSB) procura modelos vencedores que possam ser implantados na educação em Maceió. Seus olhos estão voltados para os resultados do Ceará, com escolas que ocupam as primeiras colocações no ensino fundamental. O modelo cearense nasceu em Sobral, quando o prefeito era Cid Gomes (hoje ele é senador). Sua carreira política é associada ao bom desempenho das escolas cearenses nos índices nacionais e internacionais de educação.

Sobral tem 210 mil habitantes; Maceió, 1,025 milhão.

A cidade cearense paga R$ 4.038 a um professor da rede municipal.

Maceió, R$ 2.596.

Segundo números de dezembro do ano passado, a Semed tinha

  • 1 servidor com remuneração de R$ 26 mil (é professor);
  • Outro servidor com salário de R$ 21 mil;
  • 3 servidores com remuneração bruta de R$ 9 mil;
  • 2 com R$ 8 mil;
  • 3 com R$ 7 mil.

Como uma pasta que concentra milhares de servidores funciona sem discussão sobre salários tão absurdamente desiguais?

Salários e incentivos ajudam a explicar o bom exemplo da educação no Ceará, além de reforço no horário em que o estudante não está na escola.

Municípios são incentivados pelo Governo com aumento nos repasses do ICMS. Professores e alunos recebem incentivos financeiros e formação.

Mais que isso: a prioridade política quando falamos de educação.

Sobral diz não ter indicados políticos entre diretores e coordenadores pedagógicos.

Em Maceió, diretores se eternizam no comando de escolas por atenderem a muitos interesses; na Semed, existem comissionados congelados nos cargos e no tempo, desumanizados pela burocracia e desumanizantes na briga por estar ali até virarem nomes em placas de homenagem. Mortos em vida que rastejam por aqueles corredores.

E o secretário Elder Maia, a cereja do bolo neste processo, mostra, nas redes sociais, sua EUquipe.

Um desconforto generalizado.

Em 2015, o Plano Municipal de Educação em Maceió expunha como meta, até 2025, elevar a taxa de alfabetização da população jovem, adulta e idosa com 15 anos ou mais para 93,5%; extinguir o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional, elevando a escolaridade em educação básica.

Bacana falarmos de educação como prioridade de gestões.

Mas como experimentar a prática da teoria que se fala?

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