Estamos limitados pela pandemia, no afã de reinventar formas salutares de sobreviver ao caos e ao medo do desconhecido futuro que nos aguarda (ou ameaça). Mas seguimos na luta!
Todos os dias fazemos campanha contrária a Bolsonaro como instinto de defesa e apelo racional ao país cego-surdo-mudo que não acredita em coronavírus e consegue com isso esticar a nossa desdita. Mas seguimos motivando uns aos outros!
Nossa capacidade de esticar a corda da sanidade mental tem sido embalada nos papéis reluzentes da utopia, e conseguimos chegar até aqui.
Em meio a todo este vaporoso percurso que envolve criatividade, revolta, resignação, enfrentamento e manutenção da identidade política, nós temos todo direito do mundo de expressar nossa raiva, decepção e cansaço com a esquerda que até aqui defendemos.
Mesmo que a Benedita da Silva tenha votado favorável a anistia da indústria da fé, para não assombrar seus possíveis eleitores evangélicos, ela falhou com aqueles que acreditaram na sua representação de esquerda!
Jandira Feghali fez nota pública responsabilizando o partido pela orientação dada ao voto, e neste ponto entram ela e o P C do B na fogueira da revolta justa!
Estamos caminhando para um estado de negação da laicidade do jeito que os nossos inimigos querem, e agora com o apoio oficial da esquerda. O voto evangélico se tornou a pedra de toque.
Cada vez mais estamos acossados pela derrocada dos partidos, enquanto ao mesmo tempo Bolsonaro trama a extinção dos partidos de esquerda.
O que fazer com esta raiva toda senão transformá-la em brado de renovação?
As bolhas das esquerdas precisam arrebentar para que novos nomes surjam, sejam nacionalizados, e possam ser avaliados com mais rigor.
Esta explosão é necessária, não acalme sua ira. Levante o debate!
Uma resposta
MIL VIVAS À BENEDITA DA SILVA E JANDIRA FEGALLI.
AMBAS CUMPRIRAM AO ARTIGO 150 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ESTE VOTO NÃO MACULA EM NADA A HISTÓRIA DE LUTA DAS DUAS MULHERES.
O MAIS É INTRIGA DA OPOSIÇÃO.