Investigadas por desvios em verbas do glaucoma, sete clínicas retomam atendimento

O Ministério Público Federal abriu cinco procedimentos administrativos para apurar supostas irregularidades praticadas pelas clínicas que realizavam exames de glaucoma em Alagoas

Sete clínicas sob investigação do Ministério da Saúde tiveram atendimento normalizado nesta segunda-feira, para tratamento do glaucoma. O MS detectou o desvio de R$ 17 milhões em recursos que deveriam ser usados no tratamento de pessoas com a doença. O desvio acabou na suspensão do repasse dos recursos.

O Ministério Público Federal abriu cinco procedimentos administrativos para apurar supostas irregularidades praticadas pelas clínicas que realizavam exames de glaucoma em Alagoas. O Departamento Nacional de Auditoria do SUS detectou irregularidades, como a cobrança de consultas indevidas, procedimentos não declarados e má prestação de serviços.

Segundo o representante do Unosus, Tibério Rocha Júnior, as clínicas têm de receber a verba federal, porque estão sem pagamento desde outubro e precisa repassar as verbas aos funcionários. “A situação é precária. Se não for pago, vamos a juizo”, disse.

Para o secretário de Saúde de Maceió, Adeilson Loureiro, o ministério não determinou a suspensão do atendimento, mas a retomada das consultas. E os procedimentos têm de ser pagos. “Se não  fizer, será por decisão judicial”, disse.

No interior, quatro clínicas de Arapiraca e Palmeira dos Índios retomaram os atendimentos.

A suposta fraude foi descoberta graças a uma auditoria realizada pelo Ministério em 29 unidades que atendem a pacientes portadores de glaucoma. Segundo informações apuradas pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), mais de R$ 30 milhões foram registrados indevidamente pelos estabelecimentos de saúde de Alagoas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Maranhão e Minas Gerais.

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