BLOG

Incentivo aos livres pensadores

Ter olhos que enxergam é uma assertiva existencial inspirada nas palavras de Jesus, que em tom de advertência fez perceber que não basta a visão material para que possamos de fato, ver.

Esse olhar ultrapassa o fenomênico. Pode trazer ângulos incômodos. Na condição habitual das relações sociais, será amaldiçoado pelos que assentam sobre dogmas e confortos; pois os privilegiados costumam perseguir as liberdades.

Mas também pode incomodar os que lucram sobre determinadas militâncias, e aos que angariam prestígios sustentando formas tradicionais de difusão de ideias.

Muitos se levantarão contra aqueles que enxergam outras possibilidades, mas o impulso evolutivo movimentará descobertas mesmo em territórios de conflitos, porque saber é poder decidir. Uma vez adquirida a capacidade de atravessar os véus, mesmo em silêncio o olho da maturidade sagaz o fará, e nunca voltará da mesma maneira após um mergulho nas experiências.

Encontro essa direção na intensa vibração do livre pensamento espírita.

Muito mais do que uma receita de opiniões, convicções coletivas ou modismos da semântica, o livre pensamento é regulado por um senso de investigação pacífico e paciente, sem ânsias de convencimento.

Essa solidão é fascinante! Porque está sempre em comunhão com outras vozes, outras interpretações do dito e do  vivido, sem desligar da base trazida por Allan Kardec.

O mergulho no infinito do humano/espiritual é transformador em potencial, abrindo diálogos com as liberdades, distante das hierárquicas medidas de amor feitas por convenção.

A lição de agora será ver sem sofrer, sem temer, para poder compreender onde a força enfraquece o ser.

Se pensar é uma capacidade incrível, fazê-lo com liberdade, é tomar posse da autonomia espiritual nas lides do autoamor, do amor ampliado, como seres capazes de viver plenamente e evoluir sem humilhações.

Quem aprende, não poderá voltar atrás.

SOBRE O AUTOR

..