Ibama pede audiência pública, sobre impacto ambiental de estaleiro

Com previsão de gerar 4,5 mil empregos, o Eisa S.A. botou Ministério Público e Ibama em lados opostos

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)- em Brasília- confirmou o recebimento do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) para a instalação do estaleiro Eisa S.A, na cidade de Coruripe. Mas, isso não significa que o projeto esteja aprovado pelo instituto. O Ibama pede audiência pública, para se avaliar os impactos do projeto.

Os dois documentos estão com a diretora de Licenciamento Ambiental, Gisela Damm Forattini, mas ela pede que os técnicos, do estaleiro, entreguem o estudos locais, feitos na área. Depois, sera feita uma audiência pública quanto a instalação do Eisa.

Investimento mais significativo no Alagoas nos últimos 20 anos, a construção do terceiro maior estaleiro do mundo no Pontal de Coruripe, no litoral sul do Estado, provocou uma crise entre órgãos públicos, que se arrasta desde 2010.

Com previsão de gerar 4,5 mil empregos, o Eisa S.A. botou Ministério Público e Ibama em lados opostos. Em relatório, o instituto concluiu que a obra geraria “favelização”. A promotoria reagiu e disse que o causador de pobreza na região é justamente o desemprego.

As divergências entre os órgãos escancararam-se às vésperas do início da construção da plataforma de produção de navios, avaliada em R$ 1,5 bilhão e com capacidade de processar 160 mil toneladas de aço por ano. Para os setores econômicos, o estaleiro pode ser considerado um divisor de águas no Estado. Atualmente, Alagoas amarga um dos piores Índice de Desenvolvimento Humano(IDH) e sua economia depende quase que totalmente de repasses federais como Bolsa Família aposentadorias da Previdência Social.

.