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História vivida, memória construída: Encontro com a Pedagogia Espírita

Antes da pandemia o mundo girava de uma maneira diferente.

O ano 2019 marcou fronteira.

Neste hiato silencioso foi possível construir lindas memórias, com poder de alimentar relações à distância, no ano 2020.

Neste enlevo premiado visitei Bragança Paulista, no estado de São Paulo, para fazer parte de um evento promovido pela Associação Brasileira de Pedagogia Espírita.

O território de amorosidade ali instalado permitiu encontros marcantes, promotores de outras felicidades entre pessoas que se respeitam, admiram e comungam semelhanças nos ideais de vida e crenças.

Nosso país já estava sendo oprimido pela onda fascista com recheio ultraliberal, e o campo fértil das análises semeavam esperanças na seara espírita progressista, que conhece as leis do tempo e da maturação, por isso sobrevive aos desafios com vigor.

A ferida aberta no cerne da nossa democracia ainda cartorial e partidarista machucava os anseios por cidadania, mas um nível interessante de pensamento rompia barreiras e convenções, criando um tempo possível para em 2022 falarmos abertamente sobre política, Brasil e espiritismo, sem desconectar, sem legitimar fragmentos em narrativas fechadas.

Cada passo dado no rumo deste debate costurou um ponto de avanço no meio espírita brasileiro em tempos de toxinas bolsonaristas galopantes, e sem dúvida alguma a Pedagogia Espírita é ponto forte de contribuições para o pensamento libertador.

Estamos finalizando o tempo mais crítico da pandemia, e muitos foram vitimizados pelo descaso governamental que acirrou a letalidade do vírus, mas o mundo está ficando diferente a cada dia.

Precisamos diferenciar também. Abrindo com o coração a mente, para alimentar nossa subjetividade com outras energias de elevação.

O Brasil precisa ser reconstruído por dentro, desde cada ser que aqui se habilitou a viver.

O tempo de reencontro voltou.

 

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