Fêmeas de suricato atuam como babás para poderem permanecer no grupo

The New York Times

 

Fêmeas de suricato atuam como babás para poderem permanecer no grupo Ashleigh Thompson/Creative Commons

Entre as populações de suricatos apenas a fêmea dominante acasala. Quando outras fêmeas tentam acasalar, a dominante geralmente mata seus filhotes ou as força a abortarem.

Entretanto, um novo estudo relata que algumas fêmeas amamentam os filhotes da dominante em troca de permanecerem no grupo.

– Em alguns casos, as babás talvez consigam produzir leite sem terem ficado prenhas – afirmou Kirsty MacLeod, zoóloga da Universidade de Cambridge e uma das autoras do estudo, que foi publicado no periódico Animal Behaviour.

A pesquisa, que foi sua tese de doutorado, é parte de um estudo de longo prazo sobre os suricatos da região de Kalahari na África do Sul. Tim Clutton-Brock, um de seus colaboradores e professor de ecologia e biologia evolutiva da Universidade de Cambridge, iniciou o projeto há 20 anos.

MacLeod descobriu que as fêmeas que tinham sido expulsas do grupo recentemente estavam mais propensas a atuarem como babás, o que parece ser um meio de retornar ao grupo.

As fêmeas que estavam prenhas ou tinham estado recentemente e perderam os filhotes também estavam mais propensas a atuarem como babás. Além disso, talvez como uma forma de garantir a propagação de seus genes, as fêmeas também estão mais propensas a atuarem como babás para os filhotes de seus parentes.

– Trata-se de um benefício indireto – afirmou MacLeod.

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