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EXCLUSIVO: Delegado confirma que PC pagou hotel a pistoleiro e nega participação em crime

Em depoimento à Polícia Federal, o delegado Geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, negou participação na trama para matar o juiz Marcelo Tadeu- e terminou no assassinato, por engano, do advogado Nudson Harley- e revelou que a Direção Geral da Polícia Civil – e não ele- teve participação em hospedagens e custódia de Wendel Guarnieri, acusado de ser o autor material do crime, em três imóveis localizados em Maceió: o edifício Cotê D’Azur, na Ponta Verde; um quarto na Pousada das Araras, em Cruz das Almas e um quarto no Hotel das Lagoas, na mesma avenida em que aconteceu o assassinato de advogado Nudson Harley.

Paulo Cerqueira contou à PF que nunca determinou que sua equipe custodiasse Wendel em hoteis ou pousadas. Nem foi ele ou qualquer pessoa de sua equipe quem pagou as hospedagens, mas confirmou: a direção da Polícia Civil “teve participação nestes eventos”, ou seja, “a Direção Geral da Polícia Civil de Alagoas, e não o interrogado, hospedou e “custodiou” Wendel Guarnieri em pousadas e apartamentos”.

Paulo Cerqueira confirmou que mantinha contato com Wendel Guarnieri, mas era o acusado quem ligava para ele para informar a respeito de crimes que poderiam ser investigados pela polícia. O delegado Geral da PC contou também que Wendel era tratado como um informante, mas as informações repassadas geralmente não eram confirmadas pelas investigações.

O delegado admitiu que entrar em contato com investigados monitorados não estava de acordo com as boas práticas mas justificou que, na época, não havia uma doutrina sobre este assunto no setor de inteligência.

Paulo Cerqueira afirmou também que diligências policiais descartaram a participação de Wendel no crime.

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