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Eleitor é submetido ao “novo normal” da política-partidária

O eleitor parece ter se acostumado a um “novo normal” que se arrasta há décadas, é verdade, mas ajuda a causar repulsa, ainda maior, para a atividade político-partidária.

São os projetos exclusivos de poder. E, com as redes sociais, os candidatos pouco se preocupam em apresentar seus planos.

A linguagem das redes tem as frases lacradoras, as fotos e vídeos idiotas para obter milhares de curtidas.

É tudo uma grande festa. Mas, e depois?

Como o eleitor exige pouco dos candidatos, a atividade partidária ajustou-se: cobra menos e menos dos postulantes a alguma coisa. A era Bolsonaro é um exemplo. A subserviência ao chefe está acima de tudo. O deserto de ideias vem em seguida. Ou porque o eleitor não gosta de política (mas gosta dos políticos com mandato ou prestigiado) ou resume sua indignação nas redes sociais quase sempre desesperançado.

Nas redes sociais, os candidatos estão cheios de boas intenções e repetem chavões: mais saúde, mais educação, fim da corrupção, honestidade.

Políticas de Estado nem são mais levadas em conta. Se é que já foram um dia.

Ponto para os marqueteiros, esses profissionais da alma. Nada melhor que eleitores escravizados pelas sensações.

Segue o baile.

 

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