Diretor da PF rebate gravações de Cid, caso segue ao STF

Brasília (DF), 24/07/2023 - O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, durante coletiva de imprensa sobre ação da Polícia Federal em torno do inquérito que investiga a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Andreson Gomes. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, reagiu às declarações feitas por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, considerando as críticas como “graves acusações”.

Em resposta, a PF acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para esclarecer o assunto.

Na sequência, o STF convocou Cid para prestar esclarecimentos aos áudios divulgados pela revista Veja, nos quais ele questionava a condução de seu interrogatório durante a colaboração premiada.

Em seus áudios, Cid sugeriu ter sido pressionado pela corporação a confirmar uma “narrativa pronta”. Ele admitiu a autenticidade dos áudios, justificando-os como um “desabafo” para um amigo.

A defesa de Cid alegou que os áudios foram obtidos de forma “clandestina”, mas ressaltou que se tratavam apenas de um desabafo pessoal, sem comprometer a integridade de sua colaboração premiada.

Anteriormente, Cid havia solicitado acesso aos vídeos de seus depoimentos à PF, manifestando descontentamento com o que considerava como “narrativas” da corporação em sua delação.

Ele negou ter afirmado que Bolsonaro estaria envolvido em um golpe de Estado, assim como ter ordenado a adulteração de certificados de vacinação contra a Covid-19.

.