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Desigualdade cresce e Bolsonaro quer enriquecer usineiros, símbolos da… miséria

A cana-de-açúcar, historicamente, virou símbolo da desigualdade e destruição do meio ambiente no Brasil.

Desigualdade porque nos canaviais os bóias frias não são apenas pobres. Os filhos deles também serão. E os demais descendentes.

Se existisse pesquisa sobre a árvore genealógica dos trabalhadores dos canaviais, é bastante provável que esses trabalhadores fossem descendentes dos escravos; ou aquele servos da gleba trocando a força braçal por cachaça.

Improvável pensar que, dos canaviais, existam descendentes dos antigos donos de engenho ou de usineiros.

Mas é certo que os herdeiros dos canaviais vivam hoje esbanjando fortuna nas cidades. Como aconteceu com os filhos dos barões do café e da borracha.

Nossa desigualdade não vem de ricos que se tornaram pobres. Mas de pobres sempre pobres parindo pobres. Pouca chance de mudança de nível social.

Jair Bolsonaro disse ao Estadão que vai liberar o aumento de áreas para o plantio da cana-de-açúcar.

Se essa notícia já é ruim ao falarmos da desigualdade brasileira e as relações de trabalho coloniais, imagine para o meio ambiente, levando em conta a destruição do solo, a poluição dos rios (com a matança de peixes), o mau cheiro, a chuva de cinzas nas cidades cercadas de canaviais por causa das queimadas.

O Brasil acumula 17 trimestres de desigualdade, segundo a Fundação Getúlio Vargas. Nem em 1989, diz a FGV, a concentração de renda no país foi tão alarmante. E naquele ano é apontado como pico histórico da desigualdade.

Quando Jair Bolsonaro deixará de lado a ideia de que mais igualdade nas condições socio-econômicas não é uma condição de regimes comunistas mas aqueles que valorizam seus cidadãos?

Pois é…

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