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Democracia de ficção afasta alagoano na discussão do orçamento

A imagem é do plenário da Assembleia Legislativa na manhã desta quinta-feira. Chamada, a população alagoana não compareceu à audiência que discute aplicação dos recursos públicos do orçamento para o ano que vem.

Audiências deste tipo são importantes porque definem quanto será gasto em educação, saúde, Assistência Social, Segurança Pública, esportes…

O governo faz uma programação da aplicação destes recursos e aa Assemblei Legislativa tem de convocar uma audiência pública para ouvir a população sobre o que o governo definiu como prioridades.

Um plenário vazio na Assembleia Legislativa indica tão somente desinteresse da população numa discussão deste tipo?

Desde sempre, o brasileiro sabe que a democracia se resume apenas à escolha dos seus representantes de 2 em 2 anos. Isso é um convencimento intencional.

Convencimento intencional que se aplica muito bem à Assembleia Legislativa, onde as discussões quase sempre estão fora da realidade do brasileiro ou do alagoano mais comuns.

Assim como na Assembleia, o Congresso Nacional está de costas para a sociedade brasileira. E a divulgação das seções acompanhadas pela televisão ou em tempo real nas redes sociais, somente amplia a lástima da nossa classe política, tão-somente escolhida por nós ou por um desejo próprio ou por compra de votos ou por pressão nos currais eleitorais.

Plenário vazio significa também que a realidade é bem mais dura ao cidadão comum. Significa a luta pela sobrevivência em um lugar injusto, onde o direito de nascer depende de uma vaga em uma maternidade pública e na hora da morte o contato com alguém que tem a influência para conseguir uma vaga em cemitério público.

A frieza dos números do orçamento não abraça a cruel percepção da nossa desigualdade.

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