Defesa solicita liberdade provisória para Mauro Cid; confira detalhes

Brasília (DF) 11/07/2023 Depoimento para CPMI do golpe do tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante-de-ordens do então presidente Jair Bolsonaro.Foto Lula Marques/ Agência Brasil.

Nesta sexta-feira (8), a defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do político Jair Bolsonaro (PL), recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de liberdade provisória. Cid encontra-se detido preventivamente desde maio deste ano. A informação foi confirmada pelo advogado Cezar Bittencourt.

Além disso, Cid está sendo investigado por suposto envolvimento na tentativa de invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e por falsificação dos cartões de vacinação da família Bolsonaro. Uma das acusações contra ele é a venda ilegal de joias recebidas por comitivas presidenciais.

Na quinta-feira (7), foi confirmado que Cid pretende firmar um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF) e comunicou sua intenção ao STF. Ele compareceu à sede da Corte na quarta-feira (6), onde foi recebido pelo juiz auxiliar Marco Antônio Vargas. No entanto, a homologação da delação depende do ministro Alexandre de Moraes.

A lei que regula a colaboração premiada permite à PF negociar acordos diretamente com o investigado, sem necessidade de consentimento do Ministério Público. Em 2018, o Supremo validou essa possibilidade.

Cid também está envolvido na tentativa de resgate de um conjunto de joias retido pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Essas joias foram presenteadas ao casal Bolsonaro pela Arábia Saudita. Além disso, ele participou do esquema de venda de presentes valiosos que Bolsonaro recebeu enquanto chefe de Estado em 2023.

Outros dois indivíduos relacionados ao caso das joias e presentes de valor dados a Bolsonaro – Osmar Crivelatti e Mauro Lorena Cid – também estão em negociações para a celebração de acordos de colaboração premiada.

*Com informações da CNN Brasil

 

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