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Da opressão ao sono eterno

É como se estivesse na rua um tanque de guerra confirmando o terror dos que andam a pé. Sim, andar a pé é um perigo.

Caminhar com amigos, conspirar por dias de liberdade…mas, caminhar virou mesmo um perigo! O indivíduo nunca sabe se encontra polícia ou se encontra bandido. O medo convoca todos nós à covardia da toca. Cada toca enrosca em si o próprio rabo.

As falas republicanas ribombam nas tribunas opacas. Falta verdade, tônus, vida. Escrevo o louvor às tribunas cinzas, que produzem inumanos seres na fissura por carimbos, pouco trabalho e muitos salários. Distante dos tribunais.

Sem curva. A estrada reta de quem opta não curvar. Lombo forte, couro esfolado, ardendo fogo em banho de mar. Alagoas louvadora de revolucionários mortos, beijando as mãos dos capitães mantenedores de jagunços.

Sistema arcaico infecundo de beleza. Tudo projetado para o consumo imediato aos moldes do século XXI, sob a palha de cana verde do século XVIII.

Conflituados coronéis urbanos, com largas extensões territoriais abertas aos vôos de urubus. Anúncios de crimes, sinais de fumaça e pólvora fresca na ponta dos dedos. Um encontro requintado, tapinhas de compreensão, livro de história vermelho, fechado.

Justiça é anjo bom a ser incomodado.

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