BLOG

Conheça a versão protobolsonarista nas eleições de Alagoas

Chama-se Flávio Moreno o agente da Polícia Federal que resolveu assumir os andrajos eleitorais de Jair Bolsonaro na versão local. Candidato ao Senado pelo PSL, Moreno diz que “policial que mata bandido em confronto não tem que ser punido, tem que ser homenageado e promovido”.

Como sói acontecer, o agente da PF não fala quem são os bandidos que merecem ser mortos. O blog arrisca: os bandidos são aqueles que o nosso velho oeste tanto conhece: pobres, negros, prostitutas e demais personagens associados.

O restante? Por certo são “homens de bem”.

Resumindo os problemas da Modernidade em um grão de areia, Flávio Moreno chegou à conclusão que os milhares de assassinatos no Brasil, somados à “matança de policiais”, “milhões de assaltos”, estupros, violência contra os jovens estão associados aos criminosos que perderam o medo de serem punidos mais o sistema implantado pela esquerda “em consórcio com membros de organizações criminosas no país”.

Uma versão brejeira. A Gangue Fardada, extinta (?) há 20 anos, era representada por policiais com licença para matar, sem o aval do Estado.

Aliás, estes policiais seriam condecorados pelo nosso típico representante do protobolsonarismo?

Quantos da esquerda usaram os braços armados da Gangue Fardada?

E os Ninjas que atuavam em União dos Palmares, matadores dos típicos bandidos tão conhecidos por nós? Eles mereceriam quantas medalhas?

É perigoso este senso comum misturado ao ódio. Por que existem certos assuntos intencionalmente silenciados, favorecendo a ignorância.

Como, por exemplo, a liberação do uso de armas, como se os graves problemas sócio-políticos de um país tão amplo e complexo como o Brasil tivessem de ser resolvidos abrindo um canal de riqueza para as fábricas da morte.

O terror se vence apenas pelo terror?

Ou a pergunta é uma velhacaria?

SOBRE O AUTOR

..