Alfredo Gaspar e JHC se enfrentam no segundo turno em Maceió.
Mas os dois terão pela frente um amplo patrimônio eleitoral a herdar: os votos de Davi Davino.
E, pela conjuntura, estes votos estão mais próximos de JHC.
A análise é por exclusão:
Davi Davino é ligado ao presidente da Assembleia, Marcelo Victor, e ao deputado federal Arthur Lira.
Dois personagens em campos opostos ao de Renan Filho e Renan Calheiros, apoiadores de Alfredo.
Renan Calheiros escolheu o lado de Rodrigo Maia na disputa pela presidência da Câmara. Portanto, lado oposto ao de Arthur.
Arthur e Fernando Collor estão mais próximos politicamente que nunca. Collor e Renan Filho são rivais em 2022.
Rivais não são inimigos, diz o leitor. É verdade.
E os Renans podem buscar Victor, Lira e Davino. O que é improvável mas não impossível.
Ou os Renans podem escolher a chance da derrota nas urnas, indo para o tudo ou nada.
A aposta é arriscada: a diferença entre Alfredo e JHC é pouco superior a dois mil votos.
Por outro lado, JHC terá em seu palanque o “operador financeiro da Assembleia” Marcelo Victor, denunciado por ele mesmo em debate na TV Mar.
Onde JHC vai colocar o discurso, após desprezar Marcelo Victor e ironizar Davi Davino? Ou o jovem deputado mudará de opinião neste segundo turno? Há como desprezar apoios numa disputa? Vale tudo na direção do poder? Até esquecer o que foi dito?
Logo logo Davi Davino escolherá seu lado.
E teremos algumas respostas.
Ou novas dúvidas.
Que acha?