Coaracy Fonseca
A demora na contagem de votos em Maceió, por mais que acreditemos na Justiça Eleitoral, assim com eu acredito, pois formada por homens honrados, leva o cidadão ao limbo da dúvida.
Os juristas entendem das leis e da sua interpretação, mas muito poucos têm conhecimento profundo de tecnologia da informação. Conheci, ainda, como agente público a votação em cédulas de papel.
O voto era secreto, de acordo com a lei e a Constituição Federal, mas a contagem era pública, em respeito ao princípio da publicidade. Nas urnas eletrônicas a apuração já sai pronta, já são favas contadas.
Em Alagoas um candidato, na Capital, é apoiado por duas oligarquias, que comandam os governos local e estadual. Fato que requer uma maior vigilância.
É verdade que sua votação foi apequenada, apesar da estrutura de campanha, que conta com um sem número de carros plotados e uma força publicitária estrondosa. Não entro nesse mérito.
Mas, na condição de cidadão, rogo para que o fato seja esclarecido minuciosamente, sob pena da dúvida fincar um marco forte e, uma vez solidificada, somente o retorno às urnas de lona poderá restaurar a confiança do eleitor.