Chávez dá ‘apoio incondicional’ à Argentina sobre Malvinas

Além disso, o comunicado expressa a "profunda solidariedade" do Governo venezuelano por ocasião do 30º aniversário da "façanha patriótica que a República Argentina empreendeu para recuperar a soberania sobre as Ilhas Malvinas (...) controladas ilegalmente pelo Reino Unido desde 1833".

EFE

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, confirmou seu “apoio incondicional” à Argentina em seu “legítimo direito” sobre as Malvinas ao completar 30 anos do início da guerra argentino-britânica, informou nesta terça-feira a Chancelaria venezuelana.

Segundo um comunicado oficial, o governante venezuelano, que se encontra em Cuba para receber radioterapia por um câncer, “presta homenagem aos heróis que lutaram há 30 anos nessa guerra injusta e desproporcional, fruto dos ranços coloniais que perseguiram a América Latina e o Caribe ao longo de sua história”.

Além disso, o comunicado expressa a “profunda solidariedade” do Governo venezuelano por ocasião do 30º aniversário da “façanha patriótica que a República Argentina empreendeu para recuperar a soberania sobre as Ilhas Malvinas (…) controladas ilegalmente pelo Reino Unido desde 1833”.

“O povo e o Governo da República da Argentina contam hoje com um sólido bloco regional que os apoia em sua causa soberana e não permitirá uma nova agressão colonialista nem aceitará ser intimidado com medidas unilaterais que se encontram à margem da legalidade internacional”, prossegue o texto.

Neste sentido, o Governo venezuelano exige o cumprimento das resoluções emitidas pela Assembleia Geral das Nações Unidas, “que obrigam o Reino Unido a negociar uma solução pacífica e definitiva ao problema destas ilhas sul-americanas”.

Ao liderar na segunda-feira um ato em comemoração da guerra com os britânicos, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, repudiou que “poderosos” contribuam com a rejeição do Reino Unido a entabular um diálogo pela soberania das Malvinas.

No dia 2 de abril de 1982 tropas argentinas tomaram as Malvinas, o que levou a uma guerra que foi concluída em 14 de junho do mesmo ano com a rendição da Argentina, então governada por uma ditadura militar. Morreram 900 combatentes, a maioria argentinos.

Depois da guerra, a Argentina e o Reino Unido começaram negociações para normalizar suas relações mas sem tocar no tema da soberania.

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