Casal de influencers simulava brigas para sensibilizar seguidores; entenda o caso

Os influenciadores digitais Igor de Oliveira Viana e Ana Vitória Alves dos Santos, conhecida como Ana de Santi, pais de uma menina de 2 anos com paralisia cerebral, estão sendo investigados por crimes contra a criança e desvios de doações recebidas para o tratamento dela.

Agora, uma nova suspeita está sendo analisada pela polícia. Segundo a delegada Aline Lopes, o ex-casal fingia brigas para comover os seguidores e obter mais engajamento nas redes sociais.

A Polícia Civil de Goiás informou que o casal, que mora em Anápolis, a cerca de 55 km de Goiânia, se separou amigavelmente cerca de um mês atrás. No entanto, para gerar conteúdo nas redes, simulavam ter um relacionamento conturbado.

A delegada revelou que Igor e Ana tinham combinado verbalmente que a filha viveria com o pai, mas exibiam publicamente uma briga para ganhar mais seguidores.

Ambos trabalham com a internet, inclusive compartilhando o nascimento da filha, que se tornou viral. A mãe, que tem uma conta no Onlyfans, realizou cinco testes de DNA para determinar a paternidade, confirmando ser de Igor, a quem considerava um grande amigo.

A investigação teve início após denúncias de negligência e falta de higiene em relação à filha do casal.

Além disso, surgiram denúncias de que o dinheiro doado pelos seguidores estava sendo desviado para benefício pessoal do casal.

Mais de 30 acusações foram feitas contra eles, incluindo suspeitas de estelionato e desvio de recursos destinados à criança com deficiência.

As denúncias também alegam que Ana Vitória teria usado doações para uma cirurgia plástica.

Igor nega ter cometido qualquer crime e afirmou que não é obrigado a destinar as doações exclusivamente para a filha. Enquanto a defesa de Ana Vitória declarou que ela é inocente e está cooperando com as investigações.

O Conselho Tutelar retirou a criança da residência e a levou para a avó paterna. Durante a ação, Igor se comportou de maneira debochada, segundo relatos da conselheira tutelar ao G1.

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