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Candidato a prefeito que exalta Bolsonaro merece tratamento médico, não voto

A solidariedade de Jair Bolsonaro à cópia da Estátua da Liberdade da Havan que ardeu em chamas pode ajudar a mostrar ao eleitor o valor de um discurso que estimula a violência e as exigências da administração pública.

Quando alguém valoriza uma pilha de concreto mais que a carne humana, o caso é de psicopatia.

Governar à base do fanatismo religioso, como se estivéssemos num califado, é sintoma de incapacidade e ignorância.

Será que precisamos de mais bolsonaros ou sua falsificação piorada, o Witzel, nas prefeituras?

O eleitor pode identificar os justiceiros ou salvadores da pátria.

Eles significam mais populismo de quinta categoria, fotocópia mal acabada da democracia.

Temos uma sociedade empobrecida, estimulada a manter-se pobre, desigual.

Há calçadas na área nobre; há lama nas ruas sem asfalto nas áreas pobres.

Há fome em cidades que se preparam para receber milhares de turistas…

… e o grosso da arrecadação fica com quem tem mais dinheiro, como grandes hotéis e pousadas etc.

Há gente com bicho de pé, cárie morando perto do posto de saúde sem atendimento médico nem dentista.

Há crianças fora dos padrões nutricionais correndo pelas ruas porque as escolas e suas merendas não funcionam nas férias e o Estado não pode financiar um restaurante popular porque ele “arrasa” as finanças públicas.

Um seguidor de Jair Bolsonaro não tem projetos para casos assim. É fiscal de cuecas e calcinhas dos outros.

Para essa gente, o poder público é uma peça de vingança, está de costas para as ruas, tem primeiras-damas com a eterna função de agentes de caridade em troca de um espaço no céu.

Prefeitos não servem para amarrar cintos de castidade com espinhos em nome de Deus, da família.

Prefeitos servem para ser gente.

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