Ao prender o artista das ruas Thiago Ângelo Ramos da Silva porque ele desenhava sua Monalisa Funkeira na passarela em frente à Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a polícia disse que ele deveria ter autorização para fazer a sua arte.
É um argumento interessante.
O policial militar Daniel Silveira e o advogado Rodrigo Amorim arrancaram uma placa de rua chamada Marielle Franco, no Rio, homenagem a vereadora assassinada e o crime ainda sem esclarecimento.
Policial e o advogado alegam que não estavam depredando o patrimônio público. Também não tinham autorização para “fazer o arte”. Mas o nome da vereadora escondia o outro nome por detrás da placa, o do Marechal Floriano Peixoto.
Floriano Peixoto nasceu no bairro de Ipioca, em Maceió. Foi um dos mais sanguinários militares da história do século 19 no Brasil. A alcunha de Marechal de Ferro não era por acaso.
O PM e o advogado do Rio estão soltos. Marechal Floriano é homenageado ainda hoje em Maceió.
Mas o criminoso é o idealizador da Monalisa Funkeira. Preso por pichação, virou exemplo de aplicação das leis.
É justo.
