Os ecos das condicionantes políticas voltadas ao comportamento, comoção e sistemas de crenças seguem tumultuando o cenário eleitoral brasileiro em pleno movimento de pré-campanhas.
Orientação da extrema-direita em pautar a imprensa, a esquerda e os demais segmentos com temáticas que desertifiquem a noção de políticas públicas como pautas sociais imprescindíveis nas áreas críticas da vida, como moradia, emprego e renda, educação, saúde e direitos cidadãos, segue vitoriosa.
O manejo na condução do debate é exímio, sem ética de fundo humanitário, mas associado ao conservadorismo moralista que enverniza a camada populacional de tendência fascista, autoritária. Assim eles conseguiram desvincular a vida nascida da vida intrauterina, mesclando misoginia com código de conduta e punição de vítimas, não importando idade ou condição, para inflamar o discurso na beira do precipício, manipulando o ritmo do ódio.
Assim temos uma sociedade inteira discutindo comportamentos. Contra ou a favor. Lutando pela pauta escolhida, de um lado ou de outro. Ninguém colocando como prioridade para eleger um pré-candidato o seu compromisso com as políticas sociais básicas, mas suas opiniões e defesas sobre o fato em questão.
Neste momento a extrema-direita brasileira vence o debate, com articulação nascida no ninho de serpentes com poder decisório, em Brasília. Mas com repercussão em cada alqueire do território nacional, com influência direta no voto para prefeitos e vereadores.
O país está à deriva.
