Arthur Lira crê que as mudanças nas regras de cobrança do ICMS vão baixar o preço do combustível. A redução, diz, será de 8% para a gasolina, 7% no etanol e 3,7% no diesel.
Lira endossa o discurso de Jair Bolsonaro: o imposto estadual é o responsável pela carestia. Portanto, a vontade dos governadores guia os preços.
O aspecto é político-eleitoral: os preços não são mais controlados, a Petrobrás registra lucros recordes (também distribuídos aos seus investidores), o alinhamento dos preços da estatal ao mercado internacional está posto e os cofres dos estados registram aumento da arrecadação, diminuindo a dependência dos governadores à União.
E como a maioria dos governadores faz oposição a Bolsonaro, eis o prato cheio para o vitimismo e manias de perseguição do mandachuva do Palácio do Planalto.
Para mostrarem que não os responsáveis pelos reajustes, os governadores congelaram o valor do ICMS por 90 dias.
Eis que na lei da oferta e da procura, preços variam com a temperatura do mercado: mais gente ou menos gente comprando. Onde entraria o ICMS para regular os preços dos combustíveis?
Além disso, segundo informa a Petrobrás, Cide, PIS/Pasep e Cofins também compõem os preços, além da distribuição e revenda.
E o ICMS? Onde entra nesta lógica?
E se esta lógica for a de inflamar as redes bolsonaristas por um tempo? Manter o pessoal brincando com um novo inimigo?
Pode ser.