Como parte da estratégia de desmoralização das instituições, Jair Bolsonaro incentiva as pessoas a invadirem os hospitais com câmeras para flagrarem “se os leitos estão ocupados ou não, se os gastos são compatíveis ou não”.
Cabe ao Ministério Público fiscalizar a execução destes recursos.
E o MP, publicamente, é achincalhado pelo presidente da República.
Resposta do MP? O silêncio.
Nas manifestações a favor do isolamento e de Bolsonaro, radicais pediam o fechamento do Congresso e do STF e a volta da ditadura.
Cabe a Polícia Federal investigar o crime de apologia a ditadura. Investiga?
Augusto Aras, que investiga o presidente, trata a Procuradoria Geral da República como a “Procuradoria-Geral do Bolsonaro”.
Publicamente promete uma cadeira no STF e visita o chefe da PGR no curso de investigações contra Bolsonaro.
Esculacho também contra o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, que recebe Bolsonaro e empresários para forçarem Toffoli a derrubar decisão do STF definindo que estados e municípios decidem- acima do presidente da República- as medidas sanitárias necessárias na pandemia.
Bolsonaro é contra o isolamento social, contra os governadores e a favor de uma Polícia Federal subordinada aos interesses do chefe do Executivo.
Portanto, faz parte do roteiro “Bolsonaro ditador” o avanço da população contra os hospitais. Como bolsonaristas já o fazem.
A Bolsocracia está em curso.