Jurandir Bóia ou Cleber Costa. Bóia, médico, é do PDT; Costa, médico, é do PSB.
A proposta é que um deles assuma a saúde em Maceió, que equivale a 33% do orçamento da capital.
A diferença é gigante entre eles, neste momento.
Bóia foi deputado federal. Conhece os corredores de Brasília. Sua experiência política é importante num momento em que a pasta precisa captar recursos federais para ampliar ações do SUS, como a Estratégia de Saúde da Família.
Maceió é uma das cinco capitais com menor quantidade de equipes deste tipo, cujo papel fundamental é uma medicina preventiva, que organiza atendimentos em postos de saúde e controla o fluxo de pessoas à procura de UPAs e do Hospital Geral do Estado.
Sem isso, nada de SUS que funcione.
Sim, Jurandir Bóia é político, o novo prefeito JHC por ingenuidade ou para lacrar nas redes sociais abominou as indicações políticas na saúde durante a campanha eleitoral, mas precisa de quem entenda o menu federal para atrair os investimentos. Na saúde e em todas as áreas.
Sem políticos, não existem investimentos públicos. São as regras do jogo.
Cleber Costa foi vereador, é político de mandato mas sua experiência em Brasília é bem menor que a de Bóia.
Pode-se perguntar : José Thomaz Nonô, atual secretário municipal de Saúde, foi deputado federal. Qual a mudança na saúde?
É diferente: o prefeito Rui Palmeira não nomeou Nonô para a saúde. Mas sim um subprefeito para girar uma varinha de condão porque o prefeito não quis rugas ou cabelos brancos com a administração.
Um prefeito entusiasmado- como JHC mostra ser- teria efeitos diferentes num contexto tão áspero, nomeando um secretário com experiência em Brasília.
Não existe mágica nem milagres. Existem gestores bons ou ruins.
JHC tem a liberdade de escolher o lado que quer ficar.