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Basta de violentar em nome do bem

Tempos de incentivo à escrita, necessidade imperiosa de abrir canais pelos quais transitem as vozes censuradas, mal compreendidas, e por isso mesmo, violentamente silenciadas.
Escrever para libertar a cisma de que a liberdade seja um tesouro inato, e mesmo a mais cruel das barbaridades não consegue arrancar esse trunfo da alma humana; faz parte da essência dos que ouvem a si mesmos, para presumir o quanto é importante respeitar o outro.
Tantas histórias ensaguentadas tentando nos ensinar o caminho mais simples, e nossa insistência arrogante em mandar, determinar o que é legítimo, mascarando a dor enquanto faz sofrer.
Se nas Cruzadas se matava e morria para defender um túmulo, na atualidade aplaudimos a tortura e morte para defender a moral e os bons costumes, geralmente assentados sobre tronos corrompidos, apesar de dourados.
Faltam vozes para gritar, recitar, cantar, declarar o que todos sentem: a ânsia voluptuosa de viver!
Voz cedida em parco filete de expressão, eis a minha. Entregue ao julgamento dos tribunais servis, mas livre por aguentar a dor de não aceitar morrer sem ao menos ter vivido.
Meu carimbo: contra a violência que mata para salvar!

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