Bailarina alagoana pede ajuda para realizar sonho em Portugal

Alagoas é um território de muitas expressões culturais e artísticas. No entanto, a convergência de diferentes formas de arte fazem parte do repertório cotidiano do mais abastado até o mais simples dos sujeitos. É nesta mistura de tendências, neste substrato cultural que envolve elementos afetivos e simbólicos, e também novas tendências a partir da dedicação à arte, que encontramos o Ballet Clássico alagoano. De certo, não é uma dança tradicional das camadas populares de Alagoas, mas que, todavia, através dos entraves e dos desafios, principalmente pela boa vontade e pelos sonhos que aquece, inspira os bailarinos(as) à muita luta e disciplina.

Entre tantas história exitosas, e outras nem tanto, o Ballet inspirou a bailarina Catarina Gomes, de 19 anos, a correr atrás de seus sonhos, mesmo que, em alguns momentos, se mostrasse tão escorregadio e até distante. “É muito difícil ser bailarina aqui, principalmente em Maceió, pois aqui não temos tanta oportunidade. Os concursos, os cursos que consigo fazer, são de fora. Não conseguimos ter incentivo aqui”, ela explica e segue o relato:

“Comecei a fazer Ballet tinha 7 anos de idade, numa escola, Ballet de escola, sabe…mas infelizmente a professora faltava muito, não era o ritmo adequado para que eu me desenvolvesse na dança. Tive que parar por um tempo, por questões familiares. Minha mãe teve câncer de mama e acredito que foi aí que, desde muito cedo, aprendi a me dedicar a quem eu amo e sempre me inspirou a continuar. Dessa forma tive o retorno de tudo o que dediquei a ela. Quando pude voltar ao Ballet e contar com o incentivo dela foi primordial para conseguir o que sempre desejei na dança. Minha mãe sempre foi uma grande incentivadora e sempre está do meu lado quando me proponho a ir além do que a realidade tenta me impor. Assim supero as dificuldades…”

Catarina mora na comunidade do Jacintinho, em Maceió. E foi exatamente próximo de sua casa onde encontrou a Academia de Ballet Selma Pimentel, na avenida Jucá Sampaio, Barro Duro. Segundo ela, o amor pela dança encontrado na educadora física, bailarina e professora Selma Pimentel enriqueceu sua força de vontade e que além de visualizar seu potencial apresentou a ela o mundo da dança, seus percalços, mas também conquistas e muita alegria.

“Foi ela que me levou para festivais, concursos, tudo. Foi ela que me levou para a primeira competição, em 2016, em Campina Grande e até hoje nós participamos. A Tia Selma é assim, tem essa característica, de movimentar e envolver todo mundo, de querer participar das coisas e inovar sempre. Além do Ballet tem o Jazz também, é sempre muito bom participar das coreografias criadas por ela.”

Foi a partir desta experiência que a bailarina conseguiu aprovação e uma bolsa para participar de um curso em Portugal. Catarina participou de uma audição e diz “a ficha ainda não caiu”.

“Apesar de ter meus 19 anos e isto parecer bem jovem para a maioria das pessoas, para o Ballet Clássico é mais complexo. As meninas, que geralmente são maioria em concursos, começam desde muito pequenas e continuam no Ballet durante toda adolescência até a idade adulta. Isto traz algumas implicações, pois, apesar de conseguir, a partir de muito treino e dedicação, o que faço hoje em dia, elas já se encontram formadas e profissionais na minha idade. E isso sem dúvida é algo que procuro lidar com muita disciplina e treino. O que consegui atualmente é uma oportunidade incrível, onde vou poder passar um tempo em Portugal em um curso com vários professores e assim posso aperfeiçoar minha técnica e manter contato com o mundo de lá fora, que, por conta das dificuldades, não conseguimos ver em Alagoas, apesar de tanto esforço e boa vontade.”

“Vejo a oportunidade como uma ponte, pois o mundo da dança possui diversos caminhos e assim posso engatinhar por alguns deles. Sei que não é fácil mas estou na expectativa de adquirir muitos conhecimentos. Sou sempre grata aos professores dos cursos que participo e cada um tem um lugar no meu coração. De qualquer maneira eu estou a um passo desse sonho, mas não consigo pagar sozinha por esta enorme oportunidade. Tenho apelado pela ajuda de pessoas que se importam com o desenvolvimento da cultura de Alagoas e sobretudo acreditem que sonhos estão aí para nos incentivar a viver e a buscar o que nós desejamos com paixão. Por isso eu agradeço as pessoas que se dispõem a ajudar de coração, pois garanto que toda a minha dedicação pela dança tem meu enorme afeto.”

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Se você puder ajudar a bailarina Catarina Gomes, pode entrar em contato com ela pelo Instagram (@_gomes_21).

Também pode ajuda-la pela vaquinha online no seguinte link: http://vaka.me/1543396

Um depósito pode ser feito na conta de Sirlene Gomes de Freitas, agência 1020, conta 023.00012482-7.

 

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