Quando era presidente da Câmara, Arthur Lira foi um personagem importante para as maiores fortunas do Brasil. Não participava de regabofes à toa. Não há almoço grátis nessa turma.
Agora, relator da proposta da reforma do imposto de renda, Lira descartou que os municípios ajudem a pagar conta da ampliação da isenção do IR. E também vai dexando de lado a taxação progressiva das grandes fortunas. Ano passado a Câmara, sob Lira, rejeitou criar o Imposto sobre Grandes Fortunas, de 1%.
Alguém terá de pagar a conta da isenção do IR, mas o deputado vai garantindo que nem os amigos nem os aliados possam receber a cobrança.
E, na escala, a conta deve chegar ao povo, já tão endividado e sobrecarregado em um país historicamente injusto.