O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, põe hoje em pauta a venda da Eletrobrás. O Senado deu o aval na semana passada para a desestatização e precisa do votos dos deputados e, depois, a assinatura do presidente da República. O Governo Bolsonaro quer a venda da estatal, a maior da América Latina, com 48 usinas hidrelétricas, 12 termelétricas a gás natural, óleo e carvão, duas termonucleares, 62 usinas eólicas e uma usina solar.
Milhares de trabalhadores devem ser demitidos; a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) é contra a venda por temer aumento do valor da energia elétrica no país incidindo nas indústrias; em 2017, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANNEL) alertou para o risco de reajuste de 17% na conta de luz, depois da privatização.
Em 2020, a Eletrobrás lucrou R$ 6,4 bilhões. A dívida da estatal é de R$ 20 bilhões e quem paga é o Governo, que vai cobrar do consumidor.
