BLOG

Após negociar propina, empenhos para Canal do Sertão cresceram 300%

biselli
Alexandre Biselli, executivo da Odebrecht, relata encontros com Téo e Elias Vilela

Nas palavras do delator Alexandre Biselli, executivo da Odebrecht, após reunião com membros do Governo Teotonio Vilela Filho (PSDB)- incluindo o próprio chefe do Executivo, no ano de 2014, e o irmão dele, Elias Vilela- para acertos no pagamento de propina, os empenhos para a construção de trecho do Canal do Sertão sob responsabilidade da construtora cresceram 304,8% entre os anos de 2014 e 2013.

Em 2013, foram empenhados R$ 53 milhões; 2014 (após o acerto da propina, segundo diz o delator), R$ 214,552 milhões; R$ 2015, caiu para R$ 51 milhões; R$ 2016, R$ 30 milhões.

Vilela reage a acusações de propina
Fireman: Desafio a provar propina ou ilicitude

Os encontros foram no antigo hotel Radisson, na praia de Pajuçara onde, de acordo com Biselli, o então governador costumava despachar ações do Executivo.

Participaram dos encontros, além dos irmãos Vilela: Marco Fireman, secretário de Infraestrutura e Fernando Nunes, também da Seinfra.

Em propina, sempre de acordo com o delator, os pagamentos são descritos desta forma, conforme texto do Estadão: “R$ 1 milhão em 9 de junho de 2014; R$ 906 mil em 15 de setembro de 2014; R$ 238 mil em 13 de outubro de 2014; R$ 150 mil em 19 de novembro de 2014; R$ 350 mil em 20 de novembro de 2014; e, R$ 170 mil em 21 de novembro de 2014.
Os valores, segundo Biselli, eram pagos em espécie e ‘nunca recebeu reclamação de não recebimento’. Ele identificou três apelidos: ‘Bobão’ (governador Teotônio Vilela: R$ 1 milhão, R$906 mil e R$ 150 mil), ‘Faisão’ (Fernando Nunes: R$ 238 mil e R$ 170 mil) e ‘Fantasma’ (Marco Fireman: R$ 350 mil)”.

SOBRE O AUTOR

..