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Após 214 mil mortos, era Bolsonaro quer rejeitar a cloroquina

O governo Bolsonaro, agora, quer se livrar da prescrição da cloroquina no tratamento preventivo contra a COVID-19.

É a tentativa de se livrar da acusação de genocídio que paira sobre o Governo e conta com o generoso silêncio das representações médicas brasileiras.

Ao analisar 3.049 normas federais produzidas em 2020, a Faculdade de Saúde Pública da USP e a Conectas Direitos Humanos mostram que o Brasil já superou mais de 212.000 mortes pelo vírus por causa da continua negligência de Jair Bolsonaro.

Segundo El País: “Nossa pesquisa revelou a existência de uma estratégia institucional de propagação do vírus, promovida pelo Governo brasileiro sob a liderança da Presidência da República”.

Em dez cidades que o kit Covid foi adotado, nove tiveram a mortalidade mais alta.

Nas redes sociais, se multiplicam os pedidos de impeachment com as imagens de Manaus, onde o Ministério da Saúde escalou a “capitã Cloroquina” para pressionar pelo uso do medicamento sem eficácia comprovada contra o vírus.

Trata-se da médica Mayra Pinheiro, secretária de gestão do Trabalho do Ministério e que ficou famosa por hostilizar, no aeroporto, a vinda dos médicos cubanos ao Brasil.

Mayra ganhou o apoio dos Bolsonaro. Em Manaus, levou 10 médicos numa viagem bancada com recursos públicos. Todos afinados aos Bolsonaro. Objetivo era uma ronda nas unidades de saúde para sugerir ou obrigar os profissionais de saúde a usarem o kit Covid.

Hoje, o ministro Pazuello rejeita embalar o Mateus que ajudou a parir. O Ministério diz que “invasor” pôs no site da Saúde o receituário da cloroquina contra o Covid. É uma forma de lavar as mãos em uma poça de sangue.

214 mil pessoas morreram em menos de 1 ano no Brasil, vítimas da pandemia. Não foi herança do PT. E como os bolsonaristas veem suas mentiras caírem dia a dia, inventam novos inimigos. A ditadura chinesa é um deles; a vacina chinesa também. Pelo país, os seguidores de Bolsonaro furam a fila e tomam a vacina que antes repudiavam.

Nada novo. O bolsonarismo é coerente com ele mesmo. A “nova política” que se espalha pelo Brasil.

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