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Apesar da promessa do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) de que o Estado pagará R$ 150 milhões para a construção de mais de 17 mil casas às famílias de desabrigados pelas cheias, o secretário Estadual de Infraestrutura, Marco Fireman, admitiu, nesta segunda-feira, na sede da Associação dos Municípios (AMA) que o Governo não tem dinheiro para as obras. E disse que o Executivo conta com uma medida provisória, assinada pela presidente Dilma Rousseff, garantindo que a União é quem arcará com a verba.
O governador toma café da manhã, nesta terça-feira, com o governador Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco- que assumiu o compromisso pela construção das casas no Estado- e ambos seguem a Brasília, para uma conversa com a presidente.
A reunião na AMA foi solicitada pelos prefeitos que estão sendo cobrados pela população e precisam de respostas concretas com relação a esse problema criado depois que o governo de Pernambuco anunciou que bancaria as casas e nos estados do Rio de Janeiro e Santa Catarina, as pessoas já assumiram as prestações.
Aqui é diferente, disse o prefeito Marcelo Lima, representante dos 19 municípios atingidos. As pessoas atingidas vivem- na grande maioria- dos recursos do Bolsa Família. São desempregados ou grupos que não conseguiram se recuperar ainda da tragédia. Como justificar que essas pessoas vão ter que tirar cerca de R$ 60 reais por mês, durante dez anos, para pagar pela moradia?, disse o prefeito de União dos Palmares, Kil Freitas.