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Ao lado de Collor, Arthur Lira testa popularidade após atropelar governadores

Ao lado do ministro da Infraestrutura, Tarcisio Gomes, e do senador Fernando Collor (PROS), Arthur Lira (PP) testa sua popularidade após decisão-relâmpago da Câmara de aprovar projeto que altera o ICMS cobrado sobre os combustíveis.

A pauta lirista foi um desejo do presidente Jair Bolsonaro, que culpa os governadores pela alta dos combustíveis.

A manobra do presidente da Câmara retira R$ 24 bilhões dos cofres dos estados. Um dos atingidos é Alagoas. Com os combustíveis valendo ouro, a arrecadação do ICMS, cuja alíquota é a mesma desde 2015, está aumentando. Arthur Lira é oposição ao governador Renan Filho (MDB) e busca viabilizar um candidato à sucessão estadual.

Mas Lira precisa dinamitar os canais que aumentam a arrecadação alagoana. Porque quanto menos dinheiro nos cofres estaduais, maior a vantagem do presidente da Câmara sobre os Calheiros.

Ele tentou via STF obrigar o governador a dividir com os prefeitos os R$ 2 bilhões do valor da outorga da Casal via BRK Ambiental. Perdeu.

Agora as mudanças na alíquota do ICMS reacendem as chances de Lira de um xeque-mate sobre Renan Filho, mesmo que a jogada atinja os outros governadores.

Além disso, Arthur Lira é guardião das chaves do cofre do orçamento secreto, dinheiro a rodo gasto sem transparência e garantia de fidelidade com os súditos seguidores do novo rei do Brasil.

Após a aprovação das alterações do ICMS na Câmara. a proposta segue para o Senado. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, já avisou que os governadores serão ouvidos.

Além disso, são grandes as chances de reação dos estados, pela via judicial, em Brasília.

Mais nos próximos capítulos.

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