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Alagoas não conhece quem são (e onde estão) seus desaparecidos

Ninguém sabe ao certo quantas pessoas estão desaparecidas em Alagoas. Não existe uma rede entre as cidades ao menos para procurar quem simplesmente sumiu ou subsidiar, com informações, as famílias. Municípios de pequeno ou médio porte não têm cadastros deste tipo. A confiança, na maioria das vezes, é quando o rosto de alguém circula nas redes sociais ou nos portais locais e alguém reconhece. Fora isso, pouco ou nada pode ser feito.

O assunto está nas páginas do EXTRA desta sexta-feira.

Se os desaparecidos não têm documento- como a maioria dos moradores de rua- e forem assassinados pela “higienização social” e os corpos nunca encontrados, por exemplo, as chances destes crimes nem sequer virarem inquéritos policiais chega a 100%.

A promotora Marluce Falcão, do Ministério Público Estadual, é responsável, em Alagoas, por cadastrar todos os desaparecidos- com e sem documentos, reclamados ou não por parentes.

Números bem conservadores do MP indicam que 132 pessoas sumiram sem deixarem rastros em 2018. Ano passado, pelo levantamento do Ministério Público Estadual, foram 431.

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