O grande empresariado alagoano montou barraca nos corredores do Palácio República dos Palmares- a sede do Governo alagoano. A proposta é o funcionamento- o mais rápido possível- de todos os setores produtivos no Estado, suspendendo, aos poucos, o isolamento social.
O acordo tem etapas. Após o decreto que estende por mais oito dias a emergência por risco de contaminação do coronavirus, indústrias, lojas de construção, shoppings terão horário especial de funcionamento. Uma das ideias: eles abrirão às nove da manhã e fecharão às 4 da tarde. Outra proposta: horários especiais aos fins de semana, evitando aglomerações.
Renan Filho tem dito que todo acordo depende da curva de casos de coronavírus. Se ela crescer mais que o esperado, o decreto de emergência terá prazo maior.
Maiores dúvidas: escolas e faculdades. Uma hipótese: ficarem fechadas durante todo o mês de abril. O Governo recebeu recado de diretores, das escolas e faculdades privadas, de alunos que ameaçam trancar matrículas, caso não exista segurança epidemiológica no retorno aos trabalhos.
A equipe do governador mostra que a contratação de mais de 500 profissionais na área da saúde, adaptação do ginásio do Sesi como hospital e o isolamento do hospital Geral do Estado (cujas visitas estão proibidas) são a garantia do controle do contágio do coronavirus. O Governo já conta com mais 30 novos infectados nos próximos dias.
Por outro lado, a maior parte dos doentes vem da Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca. “Se escolas destes bairros abrirem as portas, como vamos controlar o fluxo dos alunos em dois turnos e garantindo aos pais que tudo estará bem?”, pergunta um diretor ao blog, sob anonimato.
O Governo – disse ele- ainda constrói uma resposta. Mas a tática é o retorno das escolas em maio, descartando os riscos.