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Admissão de culpa da Braskem sobre Maceió pode não mudar acordos já assinados

Ao homologar a transação extrajudicial com a Prefeitura de Maceió, pagando R$ 1,7 bilhão como reparação de danos causados em 5 bairros de Maceió, a Braskem já admitia, mesmo sem dizer, que era responsável pelo afundamento de bairros na capital.

Portanto as declarações dadas ontem em depoimento a CPI da Braskem do diretor da empresa Marcelo Arantes, admitindo culpa no caso Maceió, podem ser apenas perfumaria.

Primeiro porque os estragos, conforme transação judicial, foram pagos. Segundo, as famílias foram realocadas e as indenizações- baixíssimas e indignas- pagas. Terceiro, o próprio Tribunal de Justiça de Alagoas nega todos os pedidos que questionam estes acordos.

As possibilidades estão fora de Alagoas: a ação da AGU que pode quebrar o acordo Maceió-Braskem e a ação que tramita na Holanda.

Se a Prefeitura de Maceió atualizar o plano diretor e transformar as áreas compradas pela Braskem em um grande parque municipal ou um memorial – impedindo o uso comercial dos terrenos pela empresa- também pode ser dado um passo importante enfrentando a especulação imobiliária.

São as saídas, por enquanto. Todas, como vemos, fora dos muros de Alagoas.

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