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Acuado, reação de Bolsonaro (e do MP) ao caso Marielle é curiosa; ele tem muito a falar, sim!

Por que representantes do Ministério Público precisaram ir a Brasília para conversar com o presidente do STF, Dias Toffoli, a respeito das investigações sobre o caso Marielle- onde aparecem o nome de Jair Bolsonaro- e não se reuniram com o juiz do caso?

O MP não tem independência funcional?

São curiosas as reações de Bolsonaro à reportagem do Jornal Nacional mostrando a movimentação, no dia do assassinato da vereadora do Rio, no condomínio onde Jair tem duas casas.

Após atacar a Globo no Jornal da Record, ele diz querer ser ouvido pelo delegado da Polícia Civil. Diz ter “coisa a acrescentar” neste processo.

Ou seja: o presidente tem informações sobre o assassinato de Marielle Franco que a sociedade não dispõe. Quais são? E por que não as revela?

Ameaça cassar a concessão da Globo, que ele lembra: será renovada durante seu mandato, em 2022: “Não vou persegui-los não. Vocês têm de estarem direitinho, né, não dever nada para ninguém para que essa concessão seja concedida a vocês (…)”

Na sua conta pessoal no Facebook, Bolsonaro, em live, investe em palavrões. Mostra-se um homem acuado (pelas hienas?).

Disse que o processo está em segredo de Justiça. E não poderia ser vazado. Por que, se outros casos são revelados? Por que Bolsonaro quer ser mais especial? Não estamos numa democracia?

Pede que o Ministério Público supervisione o “caso Marielle” para “verem as ilegalidades” envolvendo ele mesmo e os filhos. Por que?

Pressionado, Bolsonaro mostra ter muito a falar. O quê será?

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