Joias de Thereza Collor em exposição

A exposição traz duas mil peças como brincos, colares, vestes, braceletes, tornozeleiras, adornos de cabeça e de pescoço, cintos e bolsas que foram reunidas por Thereza ao longo de anos

Agência de Notícias Brasil-Árabe

Enfeites e adornos de povos de cinco desertos ao redor do mundo estarão expostos ao público de São Paulo de 13 de março a 10 de junho, na Galeria de Arte do Sesi. Eles fazem parte da mostra “Joias do Deserto”, que reúne objetos e fotos de Thereza Collor, historiadora e ex-secretária do Turismo em Alagoas.

A exposição traz duas mil peças como brincos, colares, vestes, braceletes, tornozeleiras, adornos de cabeça e de pescoço, cintos e bolsas que foram reunidas por Thereza ao longo de anos. As peças vêm dos desertos da Arábia, Ásia Central, Saara, Himalaia e Thar. Os territórios abrangem países como Marrocos, Tunísia, Líbia, Egito, Arábia Saudita, Iêmen, Omã e Síria, além de nações não árabes, como Mali, Irã e Afeganistão.

A vasta coleção é resultado de um interesse pela região do Oriente Médio que começou cedo na vida de Thereza. Quando estava prestes a completar 15 anos, a alagoana, que nunca tinha saído de seu estado, pediu para acompanhar uma colega de sua mãe que viajaria à região. “Eu tinha uma curiosidade sobre o mundo. Em vez de viajar para a Disney, eu fiz essa opção”, contou ela à ANBA. Em sua primeira viagem para fora do Brasil, conheceu Egito, Irã, Turquia e Chipre.

Ao longo da vida, retornaria várias vezes ao Oriente Médio e também à África e Ásia. Somente ao Egito foram, pelo menos, sete visitas. O país das pirâmides, aliás, é um de seus preferidos no mundo árabe, além do Marrocos. “O Marrocos é fascinante, e o Egito é o máximo”, diz, com empolgação. “As pessoas têm que ir ao Egito. Seu povo é muito simpático e agradável.”

Além dos países do Norte da África, o Iêmen chamou a atenção de Thereza. “Fiquei encantada, as pessoas são muito receptivas.

Há um costume de sentar no chão, compartilhar a comida do mesmo prato, é muito bacana”, destaca. Sobre Omã, diz que é um país muito particular. “Na Península Arábica, há muita mão de obra estrangeira, das Filipinas e outros países; em Omã, o motorista de taxi é omani. É um país muito singular, muito próprio”, conta.

Em cada um dos cinco núcleos da exposição, com as peças de cada deserto visitado pela colecionadora, há objetos que mostram as evidências históricas, geográficas, sociais, políticas e religiosas dos povos daquelas regiões. Há ainda mais de 300 fotos tiradas durante as viagens. Para ela, poder conhecer a vida dos povos daqueles países foi a parte mais importante de suas viagens.

“É importante conhecer as pessoas, entender um pouco essas culturas, porque isso abre a cabeça da gente. Você aprende a respeitar as diferenças e a não ter um olhar que julgue a sua cultura como a melhor”, completa. Thereza é viúva de Pedro Collor, irmão do ex-presidente Fernando Collor.

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