Sem surpresas, o QG do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) sabia- desde maio- que as chances do TRE de Alagoas aprovar o registro da candidatura dele eram pequenas. Ou minúsculas.
Os lessistas levavam em conta o passado do ex-governador. Foi Lessa quem acusou- e não provou- a existência de um mensalão no Judiciário. Mais da metade da magistratura estadual moveu- ou move- ações por danos morais contra ele.
A contar o presidente do TRE, desembargador Orlando Manso, atacado por Lessa em jornal pernambucano. Processado por Manso- e Lessa recorrendo para evitar ser enquadrado na lei da Ficha Limpa.
Por isso, a partir desta terça-feira, a aposta vai aos senadores Renan Calheiros e Fernando Collor. Os dois é quem vão, no TSE, tentar conseguir uma decisão favorável ao ex-governador como em 2010, quando a três dias da eleição Lessa recebeu o registro da candidatura- a assinatura oficial da Justiça dando-lhe aval eleitoral.
Mas, ali, Lessa já havia perdido a eleição para Teotonio Vilela Filho. Por causa do estrago e da campanha pregando o carimbo tão pesado e duvidoso a qualquer eleitor.
Representado pelo governador, Rui Palmeira terá a opção: usar, no guia eleitoral, a ferida aberta em Lessa. Ou esperar que Rosinha da Adefal- a única a assumir publicamente que vai usar a condição jurídica do ex-governador- coloque o assunto na campanha.