BBC
Os EUA, a União Europeia e grupos de direitos humanos criticaram a Rússia pela dura pena imposta ao grupo de punk Pussy Riots.
As três integrantes da banda foram condenadas, na última sexta-feira, a dois anos de prisão, por vandalismo, após um ato de protesto contra o presidente russo, Vladimir Putin.
A manifestação ocorreu em fevereiro deste ano. Na ocasião, as mulheres fizeram uma performance de uma de suas músicas próximo ao altar de uma catedral de Moscou.
Segundo a decisão judicial, Maria Alyokhina, 24, Nadezhda Tolokonnikova, 22, e Yekaterina Samutsevich, 29, ofenderam os sentimentos dos fiéis ortodoxos da igreja e demonstraram uma “completa falta de respeito”.
Mas internacionalmente as sentenças foram vistas como excessivas.
A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Victoria Nuland, disse que seu país está “preocupado quanto ao veredicto, às sentenças desproporcionais e ao impacto negativo (do caso) na liberdade de expressão na Rúsia”.
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, agregou que os EUA “têm uma séria preocupação a respeito da forma como essas jovens foram tratadas pelo sistema judicial russo”.
Na Europa, a chanceler (premiê) alemã, Angela Merkel, disse que as sentenças foram “excessivamente duras” e colocam em xeque “o compromisso russo para proteger direitos e liberdades fundamentais”.
E a representante para assuntos exteriores da União Europeia, Catherine Ashton, afirmou que a sentença levanta questionamentos quanto ao respeito de Moscou “pela obrigação de um processo legal justo, transparente e independente”.
A própria igreja ortodoxa russa disse que o protesto do Pussy Riot foi uma “blasfêmia”, mas pediu clemência para as três cantoras.
A ONG Anistia Internacional lançou uma campanha de apelo pela libertação das três, alegando que sua prisão mostra que “as autoridades russas não pararão de reprimir dissidentes”.