Governo inicia obra com construtora sob suspeita

A Superintendência Geral de Administração Penitenciária iniciou, nesta quinta-feira, a construção de dois módulos de segurança máxima- com 192 vagas- na área do complexo prisional. As obras fazem parte do programa Brasil Mais Seguro.

Só que a construção está sob suspeita porque é tocada por empresa que aparecia em propaganda do Departamento Penitenciário Nacional (Depen)- que estimulava a construção de módulos penitenciários, sem licitação. É o caso da ora alagoana. A Verdi Construções, diona do projeto, vai receber R$ 3,6 milhões. 

Segundo a assessoria, os trabalhos de montagem do canteiro de obras, terraplenagem para iniciar as fundações e suporte da construção, foram iniciados na segunda-feira (13), porém, a chegada das celas – pré-moldadas em concreto de alta resistência no Rio Grande do Sul – está prevista para segunda-feira (23).

O módulo é uma unidade prisional destinada a presos perigosos e líderes de organizações criminosas que atuavam dentro do sistema penitenciário. A capacidade total do módulo é de 96 vagas e, atualmente, abriga 89 reeducandos, oito em cada cela. As demais vagas servem como reserva para situações de emergência.

O módulo também dispõe de celas com isolamento térmico que garante redução de 15% da temperatura em seu interior. Os reeducandos têm direito a um banho de sol por dia, com duração de três horas. Para facilitar o controle de presos, os agentes liberam duas celas por vez.

Todo o trabalho de operacionalização tem sido feito por 15 agentes, que se revezam em plantões, com três homens por dia. A vigilância é feita em plataformas aéreas, das quais os agentes controlam a água, a energia e abertura das portas, dispensando o contado direto com os presos.

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