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Disputa ao Senado racha PSOL em Alagoas e vira briga pelo poder no partido

A disputa por uma das vagas do PSOL ao Senado (a outra foi definida para o PCB, com o professor Osvaldo Maciel) se transformou em uma guerra silenciosa, mas que já deixou o partido rachado já nestas eleições, algo podendo varar na votação de 2020, quando alguns candidatos aproveitam a “vitrine” do guia eleitoral de 2018, atingindo as 102 cidades alagoanas, para se lançaram na disputa às prefeituras ou câmaras de vereadores.

A escolha do professor Cícero Albuquerque ao Senado não agradou a integrantes da atual direção estadual do partido, da qual fazem parte Basile Christopoulos, professor de Direito da Ufal e lançado ao Governo, e Gustavo Pessoa, que foi candidato a prefeito de Maceió em 2016 e ficou em 3º lugar na disputa, com 12.924 votos- desempenho melhor que o do deputado federal Paulão, em 4º lugar e com 10.267 votos.

A ideia do diretório estadual era o apoio ao professor Abelardo para o Senado. Mas, a proposta ganhou resistência por se considerar que ele era menos conhecido na esquerda alagoana.

Segundo apurou o blog, a direção estadual do PSOL acabou concordando em manter Cícero Albuquerque, um dia antes da realização da convenção, na quinta-feira (26).

Porém, existe o temor que Cícero Albuquerque assuma a direção estadual a pedido dos movimentos sociais e da base do partido.

No discurso durante a convenção, Cícero Albuquerque mandou indiretas a alguns integrantes da direção estadual, sem citar nomes. Disse que sua candidatura não era de conchavo, mas uma escolha dos movimentos sociais.

O PSOL assumiu, nesta sexta-feira (27), que vai atacar diretamente o Governo Renan Filho (MDB), mostrando que a alta do ICMS prejudicou, segundo a legenda, o desempenho de empresas alagoanas. O partido também vai denunciar o que se chama internamente um “novo acordo com os usineiros”. Refere-se a uma reunião do governador com integrantes do setor sucroalcooleiro, realizada esta semana, onde a pauta era a diminuição do pagamento do ICMS.

O Governo defende a reunião. A justificativa, diz o Executivo, é para evitar que o setor desempregue  milhares de trabalhadores no campo. Ao menos 50 mil pessoas empregadas em 50 cidades dependem do setor.

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