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Nem todo “doutor” sabe ler

A sanção ao pensamento é movimento antigo, que a ninguém causa orgulho, talvez por isso, todos os opressores o fazem na calada das subliminaridades existenciais. Em público todo mundo é altruísta! Todo poder é democrático! Nosso país é um palco.

Pensar criticamente não é promover rinha pessoal com personalistas empoderados, é alcançar o outro lado do fenomênico; interpretar e voltar com os resultados do item analisado. Contudo, comportamentos revelam que muitos dos nossos renomados empoderados não aprenderam ainda a ler.

Um texto pode ser apenas um amontoado mecânico de palavras? Será que até as garatujas, em sua principiante  tentativa comunicacional não dizem algo mais? Assim, eu respeito o texto.

Nasceu, logo cresce. Ganha autonomia. Não posso tentar justificar aos maus entendedores o que está para além da grafia. O destino de cada escrito é ser lido, mas cada ente faz a leitura que sabe fazer. Não importa se é artista, intelectual ou ser humano, apenas.

Nesse destino embalado por encantos colhidos no amor e na dor, parir textos é uma ação grata. Radiografias de nossas tenras vivências ou substrato de sabores, cada escrito fala dos fluidos nos quais estamos imersos. Falar politicamente é conhecer a delícia de pertencer a um lugar, em um dado tempo; tudo breve, efêmero e eterno. Mas construído por cada ser, na contribuição que dará forma, deixará marca, colocando um grão neste areal em desalinho; sociedade, aglomerado de interesses, expectativas e erros.

A voz política tem a insistência como alimento, mas o conhecimento e a vivência humana são as bases das palavras. Ninguém é menor que um livro, e todas as paixões enceguecem o apaixonado, seja pelo poder, pelo status quo ou pela ilusão de ser um humano melhor, entre todos nós, humanos esfarrapados de amor.

Sejam profícuos todos os escrevinhadores! Melhor leitura aos leitores, mais entendimento aos doutores!

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Uma resposta

  1. Eis que surge uma ótima escrevinhadora tão sagaz, astuta, inteligente e capaz quantos outros tantos literatos caetés e tupiniquins. Salve, salve e encômios à brilhante autora “provocadora” de sus leitores e desses ditos “doutores”, seja da escrita ou da política, que se irritam à mínima crítica ou à menor ideia díspar, diferente ou divergente de seus discursos, falas e perorações “politicamente corretos”, como se fora possível encontrar um que fora essencial, fundamental e humanamente correto! Como ser perfeito se somos falíveis?
    Eia! Avante, muito bem! Parabéns! Como é bom ler seus escrevinhados provocadores da massa cinzenta de que todos deveriam se valer e até “ter”!
    Forte amplexo!
    *JG

SOBRE O AUTOR

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