42 mortos na Síria

Segundo os Comitês, mais de vinte bombas foram lançadas pelo Exército do regime no bairro de Khalediya, na cidade de Homs

Com agências

Pelo menos 42 pessoas morreram ontem na Síria em novas ações de repressão por parte das forças governamentais, apesar da presença dos observadores da ONU no país, informaram os Comitês de Coordenação Local.

A escalada de violência acontece nos dias que antecedem o prazo para que o regime de Bashar al Assad retire as tropas das cidades insurgentes. O governo aceitou o dia 10 como a data final para o cessar-fogo nas regiões de conflito.

A maioria das mortes foi de membros do grupo opositor de Homs, com 23 vítimas. A repressão aconteceu um dia depois de um grupo de observadores da ONU chegar à Síria, de acordo com informações da organização. No entanto, ainda não houve nenhuma declaração a respeito por parte de Damasco.

Segundo os Comitês, mais de vinte bombas foram lançadas pelo Exército do regime no bairro de Khalediya, na cidade de Homs. As forças governamentais também bombardearam a província de Aleppo, para onde se dirigiram tanques das forças armadas junto com helicópteros militares. Os Comitês acrescentaram que nos subúrbios do norte de Aleppo, diversos moradores fugiram em massa dos intensos bombardeios.

Por outro lado, a agência de notícias oficial “Sana” anunciou ontem a morte de três supostos terroristas em confrontos nos arredores de Damasco. Acrescentou também que apreendeu diversos tipos de armas, artefatos explosivos e munição.

Segundo a “Sana”, o suposto grupo terrorista tinha atacado uma sede do Departamento de Passaportes e Imigração em Duma e tinha causado um incêndio no edifício. O governo sírio pediu à ONU que adote as medidas necessárias para impedir “o financiamento e preparação de ataques terroristas contra a Síria” oriundos de outros países.

Brasil

O enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe para a crise envolvendo a Síria, Kofi Annan, quer que o Brasil envie tropas – cerca de 250 homens- para integrar o contingente de observadores que será deslocado para monitorar um eventual plano de paz em Damasco e a implementação de um cessar-fogo.

Em Brasília, o Itamaraty informou não ter recebido até o momento pedido para o envio de soldados à Síria. A criação de uma força de paz, ainda segundo o Itamaraty, somente é feita depois de aprovada no Conselho de Segurança da ONU, o que ainda não se deu. Caso isso ocorra, informa o Ministério de Relações Exteriores, o Brasil estudará o pedido de envio, pois o País “acompanha com interesse a situação na Síria”.

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